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Por mais negros em cargos de chefia

Eles são 53% da população, mas apenas 17% das pessoas mais ricas do país e 4,7% dos trabalhadores em funções executivas nas maiores empresas do Brasil. Realidade ainda é afetada por herança colonizadora, preconceito e falta de oportunidades.

Estatística (IBGE), que reconhecem os afrodescendentes como 54% da população do país e apenas 17,4% dos mais ricos. “No Brasil, até negros com grande formação intelectual sofrem com a resistência para alcançar posições de direção. Muitas vezes, temos que provar 10 vezes mais a nossa competência”, relata Erivaldo Oliveira da Silva, presidente da Fundação Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) e a primeira instituição pública voltada à promoção da cultura afro-brasileira. Economista, administrador, especialista em gestão governamental e políticas públicas, ele afirma que a melhoria na qualidade do ensino público, o estímulo à capacitação de jovens e à valorização da cultura afro são ferramentas essenciais para promover a ascensão social da população negra.

“Chega de achar que o negro está na sociedade apenas para o exercício do futebol e da música. Temos que ocupar cargos também no Legislativo, no Executivo e no Judiciário, na diplomacia, nas universidades…”, defende. Marne José de Paula Farias, 34 anos, coordenador de Serviços de Tecnologia da Informação no Brasil da IBM, entende que é preciso vencer um pensamento arraigado na sociedade que faz com que a população afrodescendente seja aceita em determinados segmentos profissionais, mas não em outros. “Há uma suposição do senso comum de que o negro se ocupe com trabalho serviçal, seja bom no esporte e produza conteúdo artístico. Há ainda uma ideia de que ele não seja adequado para posições de liderança”, lamenta o graduado em tecnologia da informação.


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